quarta-feira, 17 de abril de 2013

Posted by PP UP NOITE |




Nascido em setembro de 1951, de pai vendedor e mãe dona de casa, Washington Olivetto começou a cursar Publicidade e Propaganda com 17 anos (1968) na Fundação Armando Álvares Penteado, porém não concluiu o curso. Como a Publicidade tinha desenvolvido na geração anterior, o próprio Washington diz que ela “abriu o caminho para ele”. Com 19, seu primeiro trabalho, na DPZ, para as Torneiras Deca ganhou um Leão de Bronze no festival de Cannes, menos de um ano depois de começar a trabalhar.
Incerto se isso era algo ou bom ele deu sequencia ao seu trabalho. No dia 1° de maio de 1974 ele entregou ao Conselho Nacional de Propaganda uma propaganda para o jornal que o titulo dizia:

“Homens com mais de 40 anos oferecem seus préstimos profissionais para empresas de pequeno, médio e grande porte. Cartas para R. da Amargura, sem numero.”

O texto ganhou repercussão rapidamente e pouco tempo depois o Conselho Nacional de Propaganda entrou em contato com Washington, dizendo que haviam conseguido espaço na TV para fazer a propaganda.
O comercial “Homens com mais de 40 anos” foi feito e teve uma repercussão proporcional ao seu texto original, trouxe o primeiro Leão de Ouro de Cannes do Brasil e acabou por gerar uma lei que proibia “aquela frase com preconceito em negrito: Idade máxima: 40 anos”.
Tal ideia veio da indignação que o pai de Washington demonstrava quando via tais anúncios.
Após isso continuou trabalhando com Andrés em certos serviços como Freelancer, enquanto Andrés dirigia, Washington escrevia para clientes como Esso, a Phillip Morris, a Cia. Aérea Cruzeiro do Sul e o Banco Bamerindus. Tais Jobs nunca atrasaram ou atrapalharam seu trabalho na DPZ.
Para o Banco Bamerindus, certa vez Andrés pediu um texto para um filme de utilidade publica. Como pela DPZ Washington já assinava campanhas de outro banco (Itaú) ele criou um pseudônimo: George Remington (George Washington e Remington por causa das máquinas de escrever Remington, que, naquela época, concorriam com as Olivettis). Tal filme conseguiu dois feitos históricos: Ser censurado por completo pelo governo militar da época e ser o Leão de Ouro mais vaiado da historia (Segundo Leão de Ouro que veio para o Brasil).
O bicampeonato em Cannes — somado à proibição do filme pela censura, à polêmica das vaias e à história do pseudônimo — acabou levando o meu nome para a grande imprensa, e assim começou a ser conhecido também fora do circuito publicitário.
Ainda na DPZ, Olivetto ajudou na criação do garoto propaganda da BomBril.
Em 1986, com 35 anos, saiu da DPZ e foi para a W/GGK, empresa a qual era sócio. Três anos depois, Olivetto e outros dois sócios adquiriram o restante das ações e a empresa passou a se chamar W/Brasil.
A partir daí fez outras campanhas extremamente reconhecidas como sapatos Vulcabrás (1990), o cachorro da Cofap (1991), os gordinhos do DDD (1999), o casal Unibanco (2001), entre outros. Os filmes Hitler (1989), para a Folha de São Paulo (o filme Hitler foi criado por Nizan Guanaes), e do Primeiro Sutiã  (1988), para a Valisère são os únicos comerciais brasileiros a constarem na lista mundial dos 100 maiores comerciais de todos os tempos.
Em 2005 saiu a biografia da W/Brasil que narra também o sequestro que Washington sofreu em 2002, quando ficou refém por 53 dias e em 2010 a W/Brasil se uniu McCann, criando a W/McCann, onde Olivetto é chairmann.
Já publicou seis livros (“Só os Patetas jantam mal na Disney”, “Corinthians, É Preto no Branco” “Os piores texto de Washington Olivetto”, “Corinthians x Os Outros”, “O Primeiro a Gente Nunca Esquece” e “O que a vida me ensinou”.) e defende ferrenhamente que:

“É melhor ser coautor de algo genial do que autor solitário de algo medíocre.”

Talvez isso se deva ao fato que a maioria das suas obras ele, de fato foi coautor, e desde cedo trabalhou com grandes nomes da publicidade, como Francesc Petit, Andrés Bukowinski, Oscar Caporale


Referencias:
     http://br2design-br2design.blogspot.com.br/2010/03/washington-olivetto.html

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