Nascido
em setembro de 1951, de pai vendedor e mãe dona de casa, Washington Olivetto
começou a cursar Publicidade e Propaganda com 17 anos (1968) na Fundação
Armando Álvares Penteado, porém não concluiu o curso. Como a Publicidade tinha
desenvolvido na geração anterior, o próprio Washington diz que ela “abriu o
caminho para ele”. Com 19, seu primeiro trabalho, na DPZ, para as Torneiras
Deca ganhou um Leão de Bronze no festival de Cannes, menos de um ano depois de
começar a trabalhar.
Incerto
se isso era algo ou bom ele deu sequencia ao seu trabalho. No dia 1° de maio de
1974 ele entregou ao Conselho Nacional de Propaganda uma propaganda para o
jornal que o titulo dizia:
“Homens
com mais de 40 anos oferecem seus préstimos profissionais para empresas de
pequeno, médio e grande porte. Cartas para R. da Amargura, sem numero.”
O
texto ganhou repercussão rapidamente e pouco tempo depois o Conselho Nacional
de Propaganda entrou em contato com Washington, dizendo que haviam conseguido
espaço na TV para fazer a propaganda.
O
comercial “Homens com mais de 40 anos” foi feito e teve uma repercussão
proporcional ao seu texto original, trouxe o primeiro Leão de Ouro de Cannes do
Brasil e acabou por gerar uma lei que proibia “aquela frase com preconceito em
negrito: Idade máxima: 40 anos”.
Tal
ideia veio da indignação que o pai de Washington demonstrava quando via tais
anúncios.
Após
isso continuou trabalhando com Andrés em certos serviços como Freelancer, enquanto Andrés dirigia,
Washington escrevia para clientes como Esso, a Phillip Morris, a Cia. Aérea
Cruzeiro do Sul e o Banco Bamerindus. Tais Jobs nunca atrasaram ou atrapalharam
seu trabalho na DPZ.
Para
o Banco Bamerindus, certa vez Andrés pediu um texto para um filme de utilidade
publica. Como pela DPZ Washington já assinava campanhas de outro banco (Itaú)
ele criou um pseudônimo: George Remington (George Washington e Remington por causa das máquinas de escrever
Remington, que, naquela época, concorriam com as Olivettis). Tal filme conseguiu dois feitos históricos: Ser
censurado por completo pelo governo militar da época e ser o Leão de Ouro mais
vaiado da historia (Segundo Leão de Ouro que veio para o Brasil).
O
bicampeonato em Cannes — somado à proibição do filme pela censura, à polêmica
das vaias e à história do pseudônimo — acabou levando o meu nome para a grande
imprensa, e assim começou a ser conhecido também fora do circuito publicitário.
Ainda
na DPZ, Olivetto ajudou na criação do garoto propaganda da BomBril.
Em
1986, com 35 anos, saiu da DPZ e foi para a W/GGK, empresa a qual era sócio.
Três anos depois, Olivetto e outros dois sócios adquiriram o restante das ações
e a empresa passou a se chamar W/Brasil.
A
partir daí fez outras campanhas extremamente reconhecidas como sapatos
Vulcabrás (1990), o cachorro da Cofap (1991), os gordinhos do DDD
(1999), o casal Unibanco (2001), entre outros. Os filmes Hitler (1989),
para a Folha de São Paulo (o
filme Hitler foi criado por Nizan Guanaes), e do Primeiro Sutiã (1988), para a Valisère são os únicos comerciais brasileiros a constarem na lista
mundial dos 100 maiores comerciais de todos os tempos.
Em
2005 saiu a biografia da W/Brasil que narra também o sequestro que Washington
sofreu em 2002, quando ficou refém por 53 dias e em 2010 a W/Brasil se uniu
McCann, criando a W/McCann, onde Olivetto é chairmann.
Já
publicou seis livros (“Só os Patetas jantam mal na Disney”, “Corinthians, É
Preto no Branco” “Os piores texto de Washington Olivetto”, “Corinthians x Os
Outros”, “O Primeiro a Gente Nunca Esquece” e “O que a vida me ensinou”.) e
defende ferrenhamente que:
“É
melhor ser coautor de algo genial do que autor solitário de algo medíocre.”
Talvez
isso se deva ao fato que a maioria das suas obras ele, de fato foi coautor, e
desde cedo trabalhou com grandes nomes da publicidade, como Francesc Petit, Andrés
Bukowinski, Oscar Caporale
Referencias:
http://br2design-br2design.blogspot.com.br/2010/03/washington-olivetto.html
0 comentários:
Postar um comentário